quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Entrevista com Oscar Filho

A Equipe Podcast continua em sua incansável jornada para entrevistar todos os CQCs. O personagem da vez é Oscar Filho. Sim, crianças de todo o Brasil, entrevistamos o Pequeno Pônei.

Falar da vida dele para seus fãs, que estão lendo essa entrevista, é complicado, porque vocês já sabem tudo, mas vamos lá. Oscar é ator formado pelo INDAC, em 2003. No ano seguinte, concorreu ao Prêmio Coca-Cola de Teatro. Um ano depois, decidiu entrar no mundo da comédia de cara limpa, com o Clube de Comédia Stand-up. Hoje, além do stand-up, ele apresenta um certo programa nas noites de segunda-feira.

Oscar, muito simpático e solícito com o Podcast, falou sobre o que pode virar humor, como entrou no CQC e... TCHARAM! Perguntamos qual a altura do Pequeno Pônei. A resposta, você confere abaixo.

Obrigado, mais uma vez, Oscar.

Podcast: Existe limite para o humor? Ou tudo pode virar piada?

Oscar:
Eu acredito que muitas coisas podem virar piada, quase todas. Só é preciso ter bom senso na hora de transformar um assunto em piada. Essa é a minha visão e eu não tento fazer piada com tragédias, por exemplo. Se bem que a nossa política é uma tragédia, eu sacaneio de vez em quando.

Podcast: Pergunta clichê que não pode faltar: Como você foi selecionado para o CQC?

Oscar:
Um ano antes de entrarem em contato comigo, o Diego Barredo viu um vídeo meu na Argentina através do Youtube. Então, ele foi me assistir no bar onde eu estou em cartaz e me chamou pra fazer o teste em outubro de 2007. Os testes foram difíceis, eu fui mal pra caramba com pautas ruins e eu fui o último a ser chamado para o programa. Cerca de 2 semanas antes de começar, fevereiro de 2008. Já tinha desistido.

Podcast: Como são divididas as pautas entre os repórteres do CQC?

Oscar:
Puxa, isso eu não sei. Não sei se tem um critério específico, mas deve ter. Geralmente o Felipe fica com o esporte, o Rafael com política, o Danilo com coisas bizarras e eu com eventos variados e pautas impossíveis. Costumo dizer que as minhas matérias são como "parir uma bigorna". Eu nunca estou satisfeito. Sou muito perfeccionista.

Podcast: O humorista tem que ter cara-de-pau? Você já utilizou essa artimanha fora dos palcos? Em que situações?

Oscar:
Opa! O humorista tem que ter essa qualidade. Já usei sim! Sempre uso pra baratear o custo das coisas. Já pechinchei até táxi no Rio de Janeiro. Percebi que o cara tava tentando me enrolar e, no final, eu consegui sair por cima. Peguei muito ônibus de graça falando pro motorista: "Vixe, esse ônibus vinha pra Santana? Putz, me ferrei!" Descia com cara de "vou ter que voltar tudo outra vez", mas era exatamente onde eu tinha que estar.

Podcast: Antes do stand-up, você já atuava. Quando e como você descobriu que poderia viver do humor?

Oscar:
Eu faço teatro desde os 13 anos. Em 2000, eu vim pra São Paulo pra me formar como ator, o que aconteceu em 2003. Por uma ausência de racionalidade dos jurados, fui indicado para um prêmio de melhor ator por um espetáculo musical infantil. Fiz montagens sérias como 'As Bruxas de Salém', do Arthur Miller, e 'A Serpente', do Nelson Rodrigues. Essa última ficou 2 meses em cartaz. Sucesso total. Viver do humor foi muito natural. Comecei a fazer humor de verdade num grupo chamado OsCretinos logo depois que eu me formei. Escrevia muitas cenas coletivas. Senti necessidade de escrever coisas só pra mim. Ajudei a fundar o Clube da Comédia e as coisas foram acontecendo. Consegui juntar a fome com a vontade de comer sem querer. É muito louco fazer um evento, por exemplo. É como se o cara dissesse: "Vem me fazer rir. Eu vou te pagar pra isso."

Podcast: O que é pior: contar uma piada e ninguém rir ou ter que explicá-la?

Oscar:
É quase a mesma coisa. Se eu escrevo uma piada, é porque eu acho engraçada. Se não riram, talvez não tenham entendido. Mas todas as vezes que uma piada não deu certo, a culpa era minha. Acho que sempre é, na verdade. Isso sempre acontece quando você vai estrear um texto novo.

Podcast: Quando a platéia não ri, o que você faz? No stand-up, por não ter texto, rigidamente, pronto, é mais fácil para contornar esse tipo de situação?

Oscar: Numa peça é muito mais fácil continuar justamente porque não tem que improvisar muito. É só continuar contando a história. No stand-up, se você não tiver o feeling do que a platéia tá curtindo, talvez não consiga contornar a situação. Quando isso acontece comigo, eu prefiro assumir. Fica até mais engraçado porque é mais humano.

Podcast: Já que o Paes furou o convite pra praia, por que você não chama o Babenco e o Paulo Betti pra pegar umas ondas e curtir a amizade de vocês três?


Oscar:
Heheheeh. Eu não. Acho que eles aproveitariam pra me afogar.

Podcast: A pergunta que não quer calar: Qual a altura do pequeno Pônei? Aproveita que essa entrevista não é ao vivo para usar sua criatividade.


Oscar:
A altura do Pequeno Pônei original deve ser uns 12 cm. Mas, por que me fez essa pergunta???

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Entrevistas com Felipe Andreoli e Warley Santana

Continuando nossa série de entrevistas com os super [acessíveis] repórteres do CQC, publicamos agora as que fizemos com Felipe Andreoli, o Crespo, e com o oitavo elemento, o assessor de imagem, Warley Santana.

Felipe, que é jornalista desde os 19 anos, trabalhou como produtor, videorepórter, apresentador, repórter esportivo, ministrante de cursos pela Comunique-se e agora integra a equipe do CQC. Nessa entrevista, ele falou sobre como entrou para o programa, sobre o seu blog e ainda disse pra qual time torce de verdade (será?).

Warley é ator, tradutor e intérprete de inglês e espanhol. Atuou em vários comercias, no teatro, fez participações na TV. Hoje, faz parte do CQC e está em cartaz com a peça De Corpo Presente. Ele contou para o Podcast sobre o seu quadro no programa, sobre o filme "Rinha", do qual ele participou e de onde surgiu o famoso Karl Fisher.



ENTREVISTA COM FELIPE ANDREOLI

Podcast: Você já era contratado da Band antes de entrar para o CQC. Como foi a transição de uma atividade pra outra? Você passou por algum teste?

Felipe: Passei por dois testes. Um piloto, uma reportagem-teste e o do sofá... Passei nos dois... rs. A transição não foi fácil, principalmente porque sou um pouco tímido. Mas agora me sinto mais adaptado ao trabalho.

Podcast: Quando vai cobrir jogos, você geralmente fica no meio da torcida ao invés de ficar junto do da imprensa. Por quê? É uma opção do programa?

Felipe: Sim, a opção é de ficar na galera, pois ali tem mais "graça". Mas, se eu quiser, posso ficar na área de imprensa também, sem problemas.

Podcast: Você criou um blog recentemente. Como tem sido a experiência? O que você acha da oportunidade que os seus fãs têm de dizer o que pensam a respeito do seu trabalho por meio dos comentários?

Felipe: Eu adoro o blog, confesso que demorei para colocá-lo no ar. Estava acostumado a escrever meus textos jornalísticos, mais burocráticos, agora é um texto mais intimista, mais pessoal. Tô muito feliz com o retorno da galera que, aliás, tá muito grande.

Podcast: Qual fato mais te marcou durante a cobertura das Olimpíadas? E o que de mais diferente você observou na cultura chinesa em comparação com a brasileira?

Felipe: As duas culturas são incomparáveis. Não tem nem como fazer um parelelo. Lá nem beijar na boca eles beijam... rs. O que mais me marcou foi a tristeza das meninas do futebol depois de perder o ouro, foi bonito ver gente que se importa muito com o que faz, que dá o sangue mesmo. Elas deram, mereciam ganhar, maaaas nem sempre a vida é justa.

Podcast: Muitos jornalistas que foram para a China relataram que conheceram a censura do país. Durante a produção das matérias, você sofreu algum tipo de repreensão? Ou teve algum tipo de medo?

Felipe: Não tive medo em nenhum momento, não porque sou corajoso, mas porque não havia um clima de repressão nas ruas, pelo contrário, na maior parte do tempo fomos muito bem recebidos. Não sei como ficou a situação depois dos jogos, mas durante foi tranqüilo. Só quando gravamos no mercado das comidas tivemos que assinar uma autorização e tivemos apenas 15 minutos para gravar, foi a única hora que deu um friozinho na barriga, mas valeu.

Podcast: Você trabalhou como videorepórter na TV Cultura e até já ministrou cursos sobre o assunto. Você acha que sua experiência nesse segmento ― que engloba roteiro, produção, direção, fotografia e edição ― contribui de alguma maneira na hora de gravar suas matérias pro CQC? Como?

Felipe: Pra mim, conhecer o que é uma reportagem me ajuda muito no global, no geral da matéria. Sei o quanto posso gravar, o que foi bom e o que não foi, o que podemos explorar dependendo do assunto, como me posicionar em um momento importante, entre outras cositas. E é claro que a produção, o nosso suporte é muito grande, é muito bom.

Podcast: Ultimamente, vocês têm feito muitas brincadeirinhas uns com os outros, como essa história de que o Rafael e o Danilo são um casal. O clima de amizade e o entrosamento entre vocês aparenta ser muito bom. Como isso ajuda na hora de produzir o programa?

Felipe: Não nos vemos muito, mas quando estamos juntos o clima é ótimo, de amizade mesmo. O CQC é como um livro, uma historinha gigante, quem perde um capítulo, à vezes não entende uma piada, uma brincadeira. E essa interação entre os repórteres é muito bacana, deixa a historinha mais interessante e com mais ramificações.

Podcast: Qual a melhor pauta: a seleção do Dunga ou o casamento da Juliana Paes?
Felipe: Depende de várias coisas, entre elas, o humor de repórter... rs. Eu adorei a matéria do casamento, principalmente porque mudamos o enfoque assim que vimos qual era a situação. Foi uma surpresa que criamos. As matérias nos jogos, sabemos que o "roteiro" vai variar de acordo com o resultado, portanto, as matérias de futebol são mais previsíveis... Se o Brasil ganha é só alegria, se perde, sabemos que vai ser mais difícil de conversar com os caras.

Podcast: Por fim, duas perguntas que não querem calar: Primeiro, pra que time você torce?

Felipe: Olha, tô começando a me divertir com isso, já vi várias especulações por aí, tem até um vídeo em que estou falando que torço para o Corinthians... eca! Rs. Já vi um tópico de nêgo dizendo que eu torço pro Vasco... Palmeiras... Estou brincando com isso, cada vez respondo um time. Depende de quem pergunta... Ah, eu torço para a Portuguesa de Desportos, a grande Lusa! Estamos quase caindo, mas vamos reagir. Força, Lusa!!! Na verdade, com a rotina, com o dia-a-dia do futebol, vamos perdendo a paixão pelo time e torcendo pelos amigos, pelas várias pessoas que a gente gosta. Como diz a música do Rappa, "eu quero ver gol!"

Podcast: Suas fãs querem saber: é caro ter o Felipe Andreoli numa festa de 15 anos?

Felipe: HAUHAUHAUHAUHAUHAUHUAUH!! Isso é relativo, depende... Se fosse com a neta do Antônio Ermírio de Moraes, a família acharia baratinho... rs. Mas é possível... é possível. Dou um descontinho porque sou um péssimo dançarino! Então... beijo me escreve! lfandreoli@gmail.com

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ENTREVISTA COM WARLEY SANTANA

Podcast: Você acabou de entrar no CQC, um programa que já é sensação na TV e internet. Como você chegou lá?

Warley: Fui indicado pra fazer o teste, que corria em absoluto sigilo, por motivos óbvios. Depois fiquei sabendo que mais de 25 atores tinham sido testados.

Podcast: Você passou por algum laboratório para o papel de assessor?

Warley: Não. O único "laboratório" foi um vídeo do original argentino que a gente viu. Mas muito do quadro foi criação nossa. Rolaram muitas conversas com o Diego e com os produtores.

Podcast: Você está no elenco do filme "A Rinha". Como foi gravar esse longa? Como é seu personagem?

Warley: O filme foi muito legal de fazer. Passei também por uma bateria de testes. Acho que foram cinco, se não me engano. Novamente me vejo fazendo o papel de um jornalista. Sou o Eric, jornalista que se infiltra na festa e... hehe – tem que assistir.

Podcast: Como está sendo o feedback das pessoas ao seu quadro no programa?

Warley: Muito positivo. Mais até do que eu pensava. Vi que muitos jornalistas respeitados gostaram muito do quadro. E as pessoas me param na rua para falar as frases, pedem conselhos de imagem, hehe. Muito legal.

Podcast: Em uma época em que se fala tanto de "transparência", qual a importância para você de um quadro como o "Assessor de Imagem"?

Warley: Muita. Acho que é importante trazer à tona uma discussão. Até onde vamos? Incluindo todos nós, eu, você, quem está lendo este post... Até onde chegamos para um melhor ângulo para nossas "fotos".

Podcast: Você já jogou futebol profissionalmente. Conta um pouco dessa história.

Warley: Comecei a jogar bola aos 6 anos de idade em um clube que se chamava A.A. Mattarazzo, depois fui para o Clube Esperia e joguei nas seleções de futsal e campo por muitos anos. Passando por outros clubes como CMTC, Baruel FC. Cheguei a treinar no Corinthians antes de ir tentar a vida no Los Angeles Galaxy, time que me chamou através de um olheiro. Voltei para cá porque tinha que esperar mais um ano para me firmar no time titular por causa do número de estrangeiros. Mas quem jogou mesmo foi meu irmão, William Santana, jogou na Portuguesa, Corinthians, Sorocaba, Esperia e vários outros times, alguns do exterior.

Podcast: Durante as gravações do quadro, houve alguma situação inusitada, que fugiu do controle? Alguma "vítima" que não caiu na sua lábia, ou você não segurou o riso...

Warley: Ah sim, em muitas situações a gente encontrava momentos hilários, mas não podíamos nos desconcentrar. Eu mesmo cheguei a rir quando um entrevistado, ainda não foi ao ar, começou a falar muito do CQC, elogiar o Danilo, hehe. Foi muito bom. Era difícil segurar o riso nas congeladas, mas a gente guardava para rir depois.

Podcast: No quadro, você "desmonta" a imagem de muitas figuras importantes. Você sentiu algum tipo de receio em relação a isso?

Warley: Não. O objetivo era muito mais forte que eu.

Podcast: De onde surgiu o Karl Fisher?

Warley: A gente estava indo para uma das entrevistas e queríamos inventar um nome fictício. Nasceu do "cair a ficha" – "caiu a ficha" – que não caía nos entrevistados, hehehe. Aí vimos que também funcionava como Carlinhos Pescador, que fisga os peixões...

Podcast: Pra encerrar, uma frase que resuma seu atual momento.

Warley: Uma frase e um poema: uma é o provérbio chinês que eu realmente gosto muito: Ele não sabia que era impossível, foi lá e fez. E um poema que descreve que não podemos perder as oportunidades, escrito por Karl Fischer (Carl Fisher – Carlinhos Pescador) quando ele se retirava em sua fazenda com lagos na Suíça:

Olhei para o lago e senti diante de meus olhos o reflexo da lua.

Olhei para a lua. Ué, cadê o lago?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Entrevista com Marco Luque

Hoje é dia de CQC e, pra ir se preparando pra assistir o programa que começa daqui a pouco, o Podcast se adianta e publica a entrevista que fizemos com o comentarista surrealista Marco Luque, a mente mais escalafobética da TV brasileira.

Mas antes, queremos agradecer à boa vontade dele que, mesmo sem tempo (como ele mesmo disse), parou para responder nossas perguntas e, acreditem, em tempo recorde!

Valeu Marco Luque! Beijosmeliga.


Podcast: Numa entrevista para a TV UOL em 2007, você disse que já havia recebido alguns convites para trabalhos na televisão, mas nada que lhe desse a liberdade que você tem no teatro. Você se sente livre no CQC? Foi por isso que você decidiu trabalhar lá?

Marco Luque: Sim... tenho uma liberdade considerável por lá, visto que temos um roteiro, mas os improvisos são sempre bem vindos. Decidi fazer o programa pois fui muito com a cara dele. E esse formato me permite usar o humor para dizer coisas às pessoas, como fazemos na "Terça Insana".

Podcast: Muitos fãs do CQC dizem sentir vontade de ver você não apenas na bancada, mas também fazendo reportagens. Você pensa em fazer alguma coisa desse tipo para o programa?

Marco Luque: Isso já está sendo pensado... acho que mais pro final do ano farei algo fora da bancada.

Podcast: Podemos caracterizar os bastidores do CQC com a palavra descontração. Esse clima descontraído é fundamental para a realização de um programa bem agradável e engraçado para o público. Alguma vez uma coisa feita nos bastidores foi incorporada ao programa?

Marco Luque: Sim... coisas que aparecem num formato de zueira, como, por exemplo, o meu truque com a língua! rsrsrs...

Podcast: Muitas pessoas que só te conhecem como apresentador do CQC estão se interessando pelo seu trabalho como comediante. O que você acha desse reconhecimento que o CQC tem proporcionado à sua carreira como humorista?

Marco Luque: Acho muito bom!! Dessa forma posso levar muitas pessoas ao teatro, essa arte milenar e encantadora!

Podcast: Você foi jogador de futebol profissonal. Já jogou até na Espanha. Como você decidiu largar a carreira de jogador e se tornar comediante?

Marco Luque: Creio eu não ser um jogador espetacular... rsrsr... sempre fui das artes, o futebol apareceu e foi uma experiência fantástica!! Tem coisas que a vida é que decide por você!

Podcast: O Terça Insana é um dos maiores espetáculos do humor nacional. Como você entrou para o Terça Insana?

Marco Luque: Enviei um material com o Silas Simplesmente e fui convidado a participar por um mês. No mês seguinte, me fizeram o convite pra ser do elenco fixo!

Podcast: No Terça Insana você já criou muitos personagens que foram (e continuam sendo) sucesso absoluto. Você já está pensando em criar personagens novos? Em que você se inspira pra criar novos personagens?

Marco Luque: Sempre estou pensando em algo novo... me inspiro no meu dia à dia, meus parentes, amigos, pessoas que encontro...

Podcast: Numa matéria do site da BAND, lemos que, além do Terça Insana e do CQC, você também trabalha como locutor, Mestre de Cerimônia, em comerciais e como artista plástico preparando sua próxima exposição! Como você consegue conciliar todas essas atividades?

Marco Luque: Putzzz... atualmente minha vida anda a mil por hora!!! Gostaria de ter mais tempo pras minhas esculturas... mas não reclamo de nada !! Tá tudo muito legal!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

"Bastidores"

Quando a nossa equipe resolveu fazer as entrevistas com o Rafael Cortez e o Danilo Gentili, fizemos um vídeo da "reunião de pauta" que marcamos para a elaboração das perguntas. O vídeo é bem curto. Tem só 43 segundos.
O fato é que, eu, Layanna Maiara, coloquei o vídeo no youtube para postar posteriormente aqui nesse blog. Mas parece que o povo encontrou o vídeo e ele já foi visto mais de 200 vezes.
Partindo do pressuposto de que o vídeo não é tão relevante assim e já foi visto por mais de duzentas pessoas, resolvi postar o vídeo aqui só para registrar os "bastidores" das entrevistas.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Podcast 09! Esse é o fim. Ou será o começo?

Nota prévia:Queremos expressar nossos sinceros agradecimentos a Rafael Cortez e Danilo Gentili pelas entrevistas concedidas que, a propósito, estão no post abaixo.

Bom, o nono programa está genial! Eu, Layanna Maiara, dei uma crise de riso e quase não falei no programa. Além do que, temos uma reportagem sobre o CQC e a seleção dos PIORES erros cometidos durante as gravações.



Se você não consegue ver o player clique aqui.
PEDIDO PÚBLICO DE DESCULPAS:
Pedimos desculpas ao blogueiro Afonso por não termos citado que a entrevista foi uma parceria entre A Casa dos AVA e o programa podcast, mas é por que, como ele já faz parte do podcast esse detalhe passou desapercebido. Mas está aqui o pedido de desculpas em nome da equipe podcast.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Entrevistas com Danilo Gentili e Rafael Cortez

O programa CQC, Custe o Que Custar, da Band é um formato importado da Eyeworks-Cuatro Cabezas e inspirado no programa argentino “Caiga Quien Caiga” (Caia Quem Cair). Com um tipo de jornalismo atrevido em combinação com um humor inteligente, o programa faz sucesso em vários países como: Itália, Espanha, Argentina e Chile.

Aqui no Brasil, com apenas 3 meses no ar, o CQC já o terceiro em audiência no horário. A equipe brasileira é composta por: Rafinha Bastos, Marcelo Tas, Marco Luque, Rafael Cortez, Danilo Gentili, Felipe Andreoli e Oscar Filho. Sete homens que se vestem de preto e estão sempre de óculos escuros, marca registrada do programa.

O jornalismo do CQC é bem diferente do que o público está acostumado a assistir. Para saber mais sobre a equipe, o Podcast, em parceria com Afonso Rodrigues (o blogueiro pop da Casa dos Ava) conversou por e-mail com dois dos integrantes do programa: o jornalista Rafael Cortez e o comediante Danilo Gentili.


ENTREVISTA COM RAFAEL CORTEZ

Podcast: O fato de ser ator ajuda nas matérias que você faz para o CQC ou não, são coisas completamente diferentes?

Rafael: Ajuda muito. Creio que a direção do CQC levou isso em conta quando formou essa equipe. Não só na bancada e entre os repórteres. Todo mundo do CQC - câmera, produtores, redatores - tem uma formação profissional marcada pela diversidade de áreas em que atua. É preciso ser cada vez mais polivante nos dias de hoje. Ser ator no meio das entrevistas ajuda a desinibir, compor tipos e estimular o lado jornalístico que não é ensinado nas faculdades - lado que se vale do sarcasmo, cara-de-pau e mais fina ironia.

Podcast: Você recebe muitos recados na internet, dizendo "eu te amo", "você é lindo", "quer casar comigo?". Você já é reconhecido nas ruas? Como é a abordagem? E como é para você viver esse sucesso?

Rafael: Recebo esses recados sim. Mas eles são bem menos impactantes do que as mensagens que recebo com críticas construtivas e pequenos toques. Meu lado masculino/solteiro se envaidece desses elogios gratuitos e dessas cantadas todas de orkut. Mas sei que nada disso é concreto, pois as pessoas tendem a idealizar as figuras que aparecem na TV. No dia-a-dia, continuo só e bem introspectivo.
Faço de todo esse assédio um ótimo exercício pro meu reconhecimento pessoal. Nisso, entram lições de humildade e de pôr o pé no chão. No mais, sou reconhecido nas ruas que não fazem parte do meu bairro. Como saio muito pouco daqui (Vila Madalena, onde todo mundo já me
conhece como vizinho do bairro, e não como o cara do CQC), não sinto tanto esse assédio físico; esse reconhecimento. Mas me empolgo quando vou à outras cidades e estados do Brasil para gravar. As pessoas são bem receptivas e conhecem muito o programa. Isso me felicita muito mais pelo fato de que o CQC atinge bem o Brasil do que pela iminência de ser uma pessoa famosa.

Podcast: Os fãs do CQC estão se interessando por seus outros trabalhos (músico, ator)?

Rafael: Muito. E isso está sendo sensacional. Tenho ficado com muita vontade de voltar a fazer teatro, dar recitais, compor e lançar o novo CD - bem como relançar o primeiro. Isso eu devo ao nosso público. O tesão do pessoal está alimentando o meu. E isso é coisa rara, porque perdi o tal tesão muitas vezes ao longo de tantas porradas na minha trajetória artística.

Podcast: O que você faz para conciliar o jornalismo com essas outras atividades?

Rafael: Atualmente só consigo me dedicar ao CQC. Até gravo áudio-livros e estudo meu violão, mas é tão light que nem conta. O CQC nem exige tanto assim de mim. Se compararmos com tantos trabalhadores brasileiros, minha carga de horas trabalhadas pelo programa é bem tranquila. Acontece que olhei pra 2008 e disse a mim mesmo que, neste ano, eu só queria fazer uma coisa, em muito bem-feita - o CQC. Sempre fiz 10 coisas ao mesmo tempo. Dei uma cansada. Mas sou tão ansioso e hiper-ativo que não tenho aguentado: no próximo semestre desse ano eu já vou fazer outras atividades sim. Mas com o programa como prioridade sempre!

Podcast: Como foi o processo de seleção para o CQC?

Rafael: Mandei um currículo meu para a produtora Cuatro Cabezas - Eyeworks, a responsável pelo CQC junto com a Band. Sabia que eles estavam procurando produtores para programas que trariam ao Brasil. Fui produtor de TV-Teatro e Circo por cerca de 10 anos. Me considero aposentado hoje, mas em outubro de 2007 bateu um medo de não ter trabalho nenhum... e acabei reconsiderando a idéia de produzir coisas pra sobreviver. Me chamaram para uma entrevista de emprego para um projeto ousado que estrearia em março de 2008. Me interei antes de ir à entrevista. Soube que era o CQC. Vi vários vídeos do programa na Argentina através do Youtube. E cheguei à tal reunião anunciando que em nada me interessava ser um dos produtores do programa. Que só toparia integrar a equipe como repórter. Os caras gostaram dessa cara-de-pau, que já era sinal de afinidade com o programa. Me deixaram fazer dois testes. Estudei muito para cada um deles. Passei.

Podcast: A que você atribui o sucesso meteórico do programa?

Rafael: Trata-se de uma mistura de elementos de sucesso: a bancada é um barato. Os repórteres dão um show de ousadia e são bem engraçados. A edição é ágil, moderna, ousada. A arte final é uma das coisas mais sensacionais já vistas na nossa TV. Agrada desde a criançada até os velhinhos. E, acima de tudo, o telespectador brasileiro é mais inteligente do que se pensava. Havia uma carência de humor inteligente. Quem ousasse primeiro pegava esse filão de gente. Ponto pro CQC, que teve visão e fez isso primeiro.

Podcast: Existe algum tipo de autocensura no CQC?

Rafael: Sim. A gente se preocupa o tempo todo em não cair no ridículo. Em não partir para a piada fácil ou cheia de preconceitos. Em não soar agressivos demais ou sem nenhuma noção. Isso é bem fácil e muito tentador de ser feito.

Podcast: Como você faz para se infiltrar nos eventos em que não se permite a entrada de repórteres?

Rafael: Quando isso acontece, é mérito de toda a equipe. As pessoas ignoram, por exemplo, que só entrevistei todos aqueles presidentes no Peru porque fui com um produtor excelente e um câmera ousado. Quando a gente fura um cerco ou consegue algo espetacular, o ponto é pra equipe toda. Por isso que no CQC não trabalham pessoas acomodadas, racionais demais ou passivas às regras. Temos mais de 50 malucos altamente profissionais e muitas vezes nada loucos na nossa equipe.

Podcast: Há algum tipo de discriminação por parte dos outros profissionais, que fazem o "jornalismo sério"?

Rafael: Já aconteceu no começo. Mas isso era fruto de um desconhecimento grande ainda acerca do que é o CQC e de como a gente trabalha. Coletivas de imprensa, por exemplo: atualmente é raro alguém se enfezar com a gente no meio delas. Até porque temos muita ética jornalística. Em geral, deixamos todos nossos colegas jornalistas fazerem suas perguntas antes de nós. Preferimos fechar o papo com o entrevistado em grande estilo. Mandamos a nossa questão e ainda descontraímos todo mundo.


Podcast: No CQTeste, o que te surpreendeu mais: a baixa pontuação do Nando Reis ou a alta pontuação da Mulher Melancia?

Rafael: Perguntinha capciosa essa, hein? Cheia de pequenos preconceitos acoplados... ora, a mulher melancia deveria ir tão mal porque é uma mulher gostosa e, portanto, pseudo-burra? E o Nando Reis surpreendeu ao ir mal porque seria um cara inteligente e, portanto, deveria acertar sempre? O CQTeste é uma brincadeira. Tem gente que vai muito bem porque responde rápido, ainda que erre tudo. E gente que vai mal demais porque pensou muito, levou tempo demais pra responder e se ferrou - ainda que tenha respondido tudo certo! O negócio alí é jogar a favor do relógio. Pouca gente entende isso. Isso inclui quem formulou essa pergunta, haha!

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ENTREVISTA COM DANILO GENTILI

Podcast: Você é publicitário de formação e o CQC é um programa jornalístico. Como foi essa transição? Como o CQC surgiu na sua vida?

Danilo: Eu sempre escrevi. E só fiz publicidade porque era a faculdade mais próxima do que eu realmente queria fazer (cinema, que é comunicação) e a única que eu conseguia pagar com o emprego lixo que tinha na época. Um dia apresentei num bar um texto de minha autoria. Riram. E daí pra frente fui fazendo comédia em vários lugares. E hoje vivo disso... A verdade é que nunca fui feliz e nunca me conformei fazendo coisas que eu não gostava e sempre busquei o que eu sempre quis fazer... Eu tomei muito na cabeça por isso e perdi outras coisas por isso. Mas, no fim das contas, estou feliz... Consegui alguma coisa...

Podcast: Como a sua experiência como comediante contribui nas matérias do programa? O que você leva do 'stand-up' para o CQC?
Danilo: Eu levo do stand-up pro CQC o raciocínio rápido que temos que ter nesse tipo de comédia. A observação minunciosa dos fatos... Do que nos rodeia... E levo a forma de raciocínio... Se não é uma piada, talvez não vale a pena ser dito.

Podcast: Você acha que, com o sucesso do CQC, a TV vai abrir mais espaço para o 'Stand-up Comedy'?
Danilo: A Globo, por exemplo, é uma emissora que percebeu que perdeu grandes talentos por ignorar os comediantes novos que fazem comédia em bar... Agora estão correndo atrás do prejuízo com o quadro no Faustão, onde comediantes stands-up competem entre si... E muitos ali são meus amigos... Outros eu vi começar... E outros ainda posso dizer que ajudei de certa forma... São todos ótimos... Acho que com o CQC as emissoras perceberam que o público quer um novo tipo de humor. E a única forma de ter esse novo tipo de humor é investimento e acreditando em novos comediantes.

Podcast: 1, 2.. pergunto: Er... Er... de onde surgiu a idéia do repórter inexperiente, um ícone do jornalismo brasileiro?

Danilo: Hauhauha!! Ele era um quadro do CQC orginal da Argentina. Mas claro que eu fiz do meu jeito aqui. Em nenhum outro país esse quadro fez tanto sucesso como aqui.

Podcast: Como está sendo o 'feedback' dos fãs? Já tem pôsteres seus saindo na Capricho? Já tem garotas com faixas '100% Gentili' na cabeça gritando seu nome? Gente se escondendo debaixo da cama do hotel ou acampando na porta de sua casa?

Danilo: AUHAUHAUHa!! Poxa... não sei se tenho fãs... O que percebo é que tenho amigos que se identificam comigo, com o que digo e me tratam com carinho... Me tratam às vezes até como um primo ou um vizinho conhecido da rua deles...

Podcast: Bem, a gente tentou ser engraçado nas duas perguntas anteriores, você deve ter percebido, mas humor não é pra todo mundo, como você também deve ter percebido. É difícil ser comediante no Brasil?
Danilo: É difícil ser comediante no Brasil porque brasileiro é muito hipócrita, complexado e idiota. Brasileiro é hipócrita. Adora fazer piadas politicamente incorretas as escondidas. Mas se faz isso em público, te crucificam só pra dizerem que são de moral excelente e você é o lixo. É uma forma de crescer em cima de você. Brasileiro sempre quer crescer em cima do outro... E isso porque é um povo complexado. Brasileiro se leva muito a sério. Se você brinca com a ferida deles, não aceitam... Só que o que mais esse povo tem é ferida... Deveriam cuidar mais disso...

Podcast: Você colabora com roteiro/pautas ou o programa tem uma equipe só pra isso?

Danilo:
Sempre que tenho algo a acrescentar, eu passo a idéia pros colegas, seja do roteiro ou mesmo para os repórteres...

Podcast: O Padre Marcelo Rossi ensinou que devemos pedir a Deus toda manhã humildade, humildade, humildade, humildade... Aparentemente, o pessoal do Congresso não viu essa entrevista. Como está a campanha pelo CQC no Congresso?

Danilo:
O Congresso só se lembra de ser humilde na época de eleição. Estamos barrados ainda no Congresso, o que me dá um certo nojo. Engraçado que político que todo mundo mete o pau como o [Paulo] Maluf, por exemplo, sempre fala com a gente... Já pessoas que se dizem sérias, que não tem nada a esconder, não falam... Pela lógica, o Maluf sim não tem nada a temer... Já os políticos que se dizem honestos, não sei não...

Nota: No programa de ontem, 30.06, foi anunciado pela bancada do programa que os repórteres do CQC já estão liberados para entrar novamente no Congresso Nacional. Ponto pra audiência do programa, que se mobilizou assinando o protesto online, enviando emails, cartas e telefonando para os parlamentares.

Podcast: Para concluir, a pergunta que não quer calar: Quanto a produção já perdeu de dinheiro no Teste de Honestidade?

Danilo:
Aagyagyagyagyaa!! Mais que o meu salário!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Esse é o oitavo!

O oitavo programa foi difícil de fazer. A começar pelo roteiro que foi alterado algumas vezes. Depois, as piadas foram feitas por msn, mas ficaram muito boas. Em terceiro lugar, o Rodolfo, nosso locutor animado, quase não consegue dizer as manchetes por que estava querendo rir. Enfim, foram muitas as adversidades, mas no final deu tudo certo.


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Queremos agradecer ao jornalista e blogueiro Tiago Dória pela entrevista que, a propósito, está publicada no post abaixo.